
Dylan apresenta aqui o seu mais recente trabalho, "Modern times" (2006), disco que o tornou a pessoa mais velha ainda viva a atingir o número um da "Billboard", aos 65 anos. O registro deu prosseguimento à sua renovada lua-de-mel com os críticos, após passar uma parte dos anos 70 e a maioria da década de 80 enfrentando narizes tortos. Não que a polêmica seja algo estranho ao cantor - mesmo em seu auge, os enfrentamentos tanto com imprensa quanto com fãs eram constantes.
Claro que os momentos mais aguardados de sua apresentação ainda são os clássicos sessentistas: o repertório nunca é exatamente o mesmo, show após show, mas "Blowin' in the wind", "Like a rolling stone", "Ballad of a thin man", "Highway 61 revisited" e "All along the watchtower" vêm aparecendo nas mais recentes performances.
No último domingo (3), em Guadalajara, México, o bardo se apresentou para cerca de 5.000 pessoas no Auditório Telmex. Segundo relato da agência Notimex, Dylan não se comunica muito com o público. Dá um "obrigado a todos", apresenta os músicos da banda e, de resto, só canta. Toca guitarra nas quatro músicas iniciais e depois se dedica a ficar ao teclado e ou à gaita.
Admiradores mais velhos e uma platéia mais jovem em Guadalajara se misturaram para ver o show, que não traz nenhuma pirotecnia como as apresentações dos Rolling Stones - só para se manter na mesma geração de artistas. E é em "Like a rolling stone" (na última passagem pelo Brasil, tema de um dueto entre Dylan e Mick Jagger) a catarse do show, quando o público abandona os assentos marcados e fica em pé para dançar e dar os aplausos mais fortes da noite.
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