
E que o tal "fim do CD" preconizado pela maioria das gravadoras de grande porte ¿ que andam se preparando para um eventual esvaziamento do formato investindo em internet e ringtones ¿ ainda não é motivo para preocupação.
"A empresa continua investindo e acreditando na força da mídia física, por ela ser muito barata e prática, e ainda ter se reposicionado no mercado", diz o gerente de desenvolvimento tecnológico da Microservice, Alfredo Gallinutti, que evita falar em números e estatísticas.
"O uso do CD em aplicações para computador, por exemplo, continuará por bastante tempo", prossegue.
Presidente da Videolar, Phillippe Wojdyslawski mantém o otimismo na produção de CDs, mas lembra que há investimentos noutras tecnologias.
"Enquanto o CD não acabar, estaremos fabricando para quem quiser comprar. Só em 2007, fabricamos 104 milhões de unidades de CDs. Não houve queda", diz.
"Mas, de qualquer maneira, temos outros negócios, como e-commerce e uma área de petroquímica, pela qual fabricamos resina plástica de polietileno", capitula Wojdyslawski.
A Videolar, por acaso, também fabrica CDRs e DVDRs usados por quase todo mundo para o armazenamento de garavações em MP3. Wojdyslawski não enxerga nisso um contrasenso.
"Seria pirataria se vendêssemos nosso produto na informalidade. O pirata, quando compra o CDR e o DVDR, o faz no contrabando. E suprem a pirataria", afirma o empresário. "Nós suprimos mercados como o de informática e o de fotografia".
Gallinutti explica que, atualmente, a grande preocupação das empresas duplicadoras é com a pirataria de DVD, que está praticamente no mesmo nível em que os CDs de camelô se encontravam há alguns anos.
"O grande apelo dessa pirataria de DVD é a possibilidade do ineditismo, de você poder assistir a um filme que ainda não está nas salas de exibição", explica Alfredo Gallinutti.
"O CD pirata tinha um som ruim, mas não era desastroso. O DVD geralmente é gravado com uma câmera de vídeo numa cabine. É preocupante, até porque o DVD ainda é uma mídia que está em crescimento", diz Gallinutti.
Por Ricardo Schott/JB Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário