
Nas cerca de três horas de duração do DVD, o espectador tem a chance de assistir ao especial que foi uma das maiores audiências da história da televisão australiana, além de extras que incluem cenas inéditas e a abertura do programa original.
Apesar de ser conhecido como um símbolo do que havia de mais estereotipado e caricato na música dos anos 70 e ter passado décadas se equilibrando na corda bamba entre o pop e o brega, Diamond é um dos maiores compositores americanos.
A virtude mais evidente deste lançamento é mais do que qualquer outra, a de expor a qualidade das canções. Com arranjos mais econômicos do que em estúdio, os clássicos presentes ganham asas e atingem o ouvinte em cheio, com toda sua energia épica e carga emocional explosiva.
Ao vivo, fica evidente que com um banho de loja e uma banda de apoio adequada, o cantor poderia facilmente ter vencido o preconceito da intelligentsia e, ao invés de ser o ídolo-mor das donas de casa de meia idade, figurar ao lado de Bob Dylan, Paul Simon e Leonard Cohen no panteão dos cantores-compositores sérios de sua geração.
No lugar dos excessos de cordas e sopros, entram elegantes órgãos Hammond e charmosos sintetizadores Moog, enquanto Neil Diamond canta com mais liberdade e alma dando a clássicos como "Sweet Caroline" e "Solitary Man" uma dimensão quase roqueira. Com tudo isso, "Live 1976" é um prato cheio para quem procura uma porta de entrada para a obra de Diamond.
Por Pedro Carvalho/Uol
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