Após o público que lotou o espaço gritar "falta de respeito", disparar diversos palavrões e atirar copos d'água no palco, o guitarista Andreas Kisser subiu, acalmou os ânimos e pediu paciência para a plateia. Ele alegou "problemas técnicos", mas mesmo assim as duas bandas entraram no palco menos de 1 minuto depois.
O resultado final foi que a parceria do grupo brasileiro com o grupo de percussão industrial francês acabou prejudicada e não teve o volume esperado. A menos de 100 metros do palco era possível conversar normalmente. Uma pena, pois o show teve momentos dignos de Palco Mundo.
Apesar de abrir com "Refuse/Resist", o Sepultura privilegiou as faixas de "Kairos", 12º álbum do grupo, lançado há poucos meses. Também foram tocadas três canções do grupo de percussão formado em 1987, como "Fever".
A estratégia esfriou os ânimos de quem esperava versões ousadas dos clássicos da banda de Derrick Green. "Structure violence", "Relentless" e uma cover curiosa de "Firestarter", do Prodigy, estiveram no cardápio de enxutas 11 músicas.
O final foi apotéotico, com os clássicos "Territory" e "Roots bloody roots" emendados. Esse último teve a participação especial de Mike Patton, ovacionado.
Por Gustavo Miller Do G1, no Rio
Fotos: Alexandre Durão/G1
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